FATOS POLICIAIS

sábado, 24 de outubro de 2020

PEDRO DIÓGENES FERNANDES

 



PEDRO DIÓGENES, natural de Pau dos Ferros-RN, nascido em 10 de novembro de 1924 , filho de Lafayete Diógenes Maia e Alzira Diógenes Fernandes, prefeito de Pau dos Ferros, eleito em 07 de outubro de março de 1962, tomou posse em 31 de março de março de 1963 e administrou até 31 de janeiro de 1969. Faleceu no dia 28 de abril de 2009

AÇUDE DR, PEDRO DIÓGENES FERNANDES PAU DOS FERROS



PEDRO DIÓGENES FERNANDES

 



(HOMENAGEM PÓSTUMA PRESTADA POR LICURGO NUNES QUARTO, QUANDO DA REALIZAÇÃO DA FESTA ANUAL DE CONFRATERNIZAÇÃO DA FAMÍLIA DIÓGENES).

 

Pau dos Ferros, o Alto Oeste Potiguar e o Rio Grande do Norte perderam, há poucos dias, um grande homem público, um excelente administrador, um profissional liberal de primeira grandeza, além de um grande entusiasta e grande incentivador e apoiador desta nossa festa de confraternização. E eu, particularmente, perdi um tio, dos mais respeitados e queridos, bem como perdi um amigo e um colega de profissão.

 

Refiro-me ao Dr. Pedro Diógenes Fernandes, um Diógenes, na acepção da palavra, que possuía, que carregava consigo todos os caracteres peculiares a um Diógenes autêntico, quais sejam a disposição para o trabalho, a lealdade, a amizade, a solidariedade e a firmeza nos propósitos, legados estes herdados do casal precursor, os seus pais, Lafayete Diógenes Maia e Alzira Fernandes Diógenes.

 

Aluno destacado do Centenário e legendário “Grupo Escolar Joaquim Correia”, aonde já chegou alfabetizado, - “sabendo ler e escrever e fazendo as quatro operações matemáticas” ( Maria Luzinete de Lima, em “Doutor Pedro Diógenes Fernandes: sua influência na história e na cultura do alto oeste Potiguar”, pag. 75 ) pois teve o privilégio de ter em casa uma professora diplomada, a sua mãe Alzira Diógenes.

 

Neste estabelecimento de ensino primário, foi aluno do Professor Manoel Jácome de Lima, o Professor Dubas, que viria a se tornar uma das maiores referências do ensino no nosso Rio Grande do Norte, bem como o grande pesquisador da história de Pau dos Ferros. Seguiu, então, o adolescente Pedro Diógenes para Mossoró, quando estudou no não menos legendário e centenário Ginásio Diocesano Santa Luzia, para cursar o ginasial e daí para Natal onde cursou o científico no Colégio Estadual do Atheneu Norteriograndense.

 

Com determinação e o firme propósito de fazer o curso superior de odontologia, fixou residência em Recife. Concluindo o curso superior de Odontologia na Faculdade de Medicina e Odontologia do Recife, e declinando do honroso convite para lecionar a disciplina de Cirurgia na referida faculdade, optou em voltar a Pau dos Ferros, às suas origens, ao seu torrão natal, ao seu nascedouro, num sentimento atávico de servir à sua terra e à sua gente, numa espécie de retribuição à terra que lhe dera o berço, tornando-se o primeiro pauferrense com nível superior em odontologia a exercer o mister da profissão na sua Cidade. E o fez de maneira digna, honrosa e ética.

 

Dizia sempre que “aquele que não é capaz de servir à sua terra, à sua gente, não seria capaz de trabalhar ou de servir à terra de ninguém”.

 

Em todas as atividades que lhe foram confiadas, bem como em todas as funções que lhe foram outorgadas, Pedro Diógenes se houve de maneira brilhante, exercendo-as de modo a que lhe fossem atribuídos grandes méritos. Trabalhador incansável, fez da labuta diária uma constante em sua vida.

 

Trabalhou em todos os serviços públicos de saúde de Pau dos Ferros e cidades circunvizinhas. Desde hospitais, postos de saúde a sindicatos e associações beneficentes.

 

Tesoureiro geral da Prefeitura Municipal de Pau dos Ferros, na administração do Prefeito Licurgo Nunes, inovou a maneira de cobrar os tributos municipais, tornando-se um tesoureiro vigilante, brioso e responsável com o erário público.

 

Professor de matemática e ciências, e diretor de vários estabelecimentos de ensino, durante três décadas, contribuiu em muito para a formação cultural e intelectual de algumas gerações de pauferrenses.

 

Qualquer empreendimento que se planejasse ou que se iniciava em Pau dos Ferros – quer na fundação de clubes de serviços – como Clube Centenário Pauferrense (CCP) ou Lions Clube - como na formação de alguma comissão que visasse a criação de qualquer sociedade beneficente ou sindicato, ter-se-ia que incluir o Dr. Pedro Diógenes na sua formação. E tê-lo era a certeza de sucesso na empreitada, pois o Dr. Pedro Diógenes era sinônimo de organização, de responsabilidade e, acima de tudo, de “dar conta do recado” em qualquer missão que lhe fosse confiada.

 

Eleito Prefeito Municipal de Pau dos Ferros, realizou uma administração eficiente, moderna, diligente, com grandes realizações e obras que se sobressaem ainda nos dias atuais. Muito honesto e cioso das suas responsabilidades, fez da sua administração, frente à Prefeitura, um laboratório de como ser um grande gestor das finanças e dos bens públicos, coisa rara, aliás, nos dias atuais.

 

Esposo dedicado e amoroso, teve na Professora Maria do Carmo Freire Diógenes sua companheira, esposa e amiga de todas as horas, numa feliz união que perdurou por 55 anos. A Professora Maria do Carmo foi uma grande baluarte e auxiliar do Dr. Pedro Diógenes na árdua e difícil tarefa de administrar o lar e criar os filhos, corroborando com o preceito que diz que “ao lado de um grande homem existe sempre uma extraordinária mulher”.

 

O exemplo que ele deixa de homem probo, íntegro, honesto e trabalhador é um lenitivo, um conforto, não somente para a Professora Maria do Carmo, sua dedicada esposa, que está a prantear a sua partida, mas é, sobretudo, um legado aos seus irmãos Luiz Gonzaga Diógenes, José Diógenes Sobrinho, Antonio Diógenes Fernandes e Francisco Sebastião Diógenes (tio Chiquinho, o caçula) remanescentes da prole de dez filhos do casal Lafayete Diógenes Maia/Alzira Fernandes Diógenes, cuja prole era ainda composta por Cristina (minha mãe, de saudosa memória), Aldair (carinhosamente chamado por todos os sobrinhos de tio Dadá) , Maria Alzir (a nossa tia Zizi, mulher dinâmica e avançada no seu tempo), Napoleão (Pipiu, o grande Pipiu da “doce Arani” ), Fernando (tio Nanando – o Aragão), bem como aos seus filhos Lucia de Fátima Freire Diógenes, Pedro Diógenes Júnior (in memorian) e seus filhos, Maria Carmem Freire Diógenes Rego, Ângela Cristina Freire Diógenes Rego, José Otávio Freire Diógenes e Francisco Lafayete Freire Diógenes.

 

Que Deus, na sua infinita bondade, e Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de todos nós pauferrense nos dêem, a todos, a devida conformação pela sua partida, bem como a certeza de que para o Dr. Pedro Diógenes Fernandes há um lugar reservado no reino dos céus.

 

Esta é, pois, caros parentes e amigos, a homenagem que presto ao Dr. Pedro Diógenes, meu tio, amigo e colega Dentista - repito - e peço a todos os presentes a esta confraternização que, cada um a seu modo, e à sua maneira, em um momento de introspecção, elevem as mentes aos céus em sua memória.

Muito obrigado.

 

Pau dos Ferros, RN, em 18 de julho de 2009.

Licurgo Nunes Quarto - Cirurgião Dentista

PEDRO DIÓGENES FERNANDES

 



De uma prole de dez filhos do Senhor Lafayete Diógenes Maia e da Senhora Alzira Diógenes Fernandes, nasceu no dia dez de novembro de mil novecentos e vinte e quatro, em Pau dos Ferros, à época, uma pequena e tranquila vila que mais tarde se eleva à categoria de cidade, Pedro Diógenes Fernandes que ,agora, passaremos a fazer um resgate histórico de alguns momentos vividos por esse cidadão, que cronologicamente viveu oitenta e cinco anos , sendo a maioria deles nesta cidade de Pau dos Ferros. Eis os principais destaques: Sua primeira infância teve especial orientação de sua dedicada mãe. Ao iniciar os primeiros estudos teve como professora Luíza Queiroz (à  época, contratada pelo Sr. Lafayete Diógenes para ensinar aos filhos). Já alfabetizado, pela referida professora e pelo incentivo dos pais, Pedro Diógenes ingressou e concluiu o curso primário no Grupo Escolar Joaquim Correia, tendo nesse período o privilégio de testemunhar um ensino altamente qualificado e mediado  pelo “imortal” pesquisador  da história de Pau do Ferros o Professor Manoel Jácome de Lima, conhecido popularmente por professor Dubas. Prestou exame de admissão e, consequentemente, ingressou e concluiu o Ginásio no Colégio Santa Luzia, em Mossoró. Quanto ao Curso Científico foi feito no Colégio Atheneu, em Natal-RN, período em que fundou a Casa do Estudante deste município. Seu curso de Odontologia, foi realizado na Universidade Federal de Pernambuco, em Recife. Logo após, data de 1949, instalou seu gabinete odontológico na cidade de Pau dos Ferros e inicia sua vida profissional, atendendo  com dedicação e compromisso a população desse município e de outros circunvizinhos. Teve o privilégio de ser o primeiro pau-ferrense, com curso superior em odontologia,  a exercer tal profissão. Assim, o período de 1949 a 1989 foi totalmente dedicado a este município, e quem teve oportunidade  de testemunhar pode afirmar que Dr. Pedro foi um sertanejo que a despeito de todas as dificuldades enfrentadas, teve a convicção de que é necessário continuar, mas também, que reconhece as interrupções que a vida impõe.  Então, seu exemplo de vida é o testemunho vivo das palavras de Fernando Pessoa, quando nos diz que “... de tudo ficaram três coisas: a certeza de que estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de continuar. Fazer da interrupção um caminho novo, fazer da queda, um passo de dança, do medo, uma escada, uma ponte, da procura um encontro”. Nesse sentido, a vida de Dr. Pedro Diógenes  sempre esteve pautada nas lutas para realizações dos sonhos, sejam eles de cunho pessoal ou social. Para ilustrar tal afirmação, podemos citar sua luta, enquanto estudante sertanejo que almejava ser “doutor”, numa época que se viajava dois dias para chegar à capital do Estado, e que o acesso mais próximo a uma faculdade era na cidade de Recife;  sua luta de jovem estudante para, juntamente com outros colegas, criar a casa do estudante e, entre tantas outras, sua luta para construir a infra-estrutura básica do município  de Pau dos Ferros, na qual podemos destacar alguns marcos de sua gestão como  prefeito: a rede de distribuição de energia elétrica, o açougue modelo, com capacidade de abater 30 reses por hora, o açude público de Pau dos Ferros, em convênio com o governo federal, hoje denominado “ Açude Público Dr. Pedro Diógenes Fernandes”, o sistema telefônico automático, em convênio com a Siemens do Brasil, o grupo municipal São Benedito, a praça da mocidade, parque infantil, baseado no slogan “quanto mais parques infantis, menos delinquentes juvenis”, implantação da 1ª exposição agropecuária do alto oeste, em convênio com o ministério da agricultura e governo do estado, implantação do sistema de trânsito, com moderno emplacamento, nas principais artérias da cidade, enquadramento dos funcionários efetivos da Prefeitura ao INPS, dando-lhes assim o  direito à Previdência Social, instituição da sala Francisco Dantas para galeria dos retratos dos ex-prefeitos de Pau dos Ferros, instituição da merenda escolar municipal, instituição e criação da bandeira do município, assistência ao homem do campo, através do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural-FUNRURAL, fundação da casa de estudante de Pau dos Ferros, entre outros. Como podemos observar a gestão de Dr. Pedro Diógenes, durante o período de l963 a 1969, foi marcada por obras estruturantes  e tomada de decisões que  deram impulso definitivo ao desenvolvimento de Pau dos Ferros. Nesse sentido, recorremos a um trecho de seu discurso de posse que diz “ Governarei Pau dos Ferros com a coragem e determinação, em cujo mandato, trabalharei sem medir esforços para que os meus conterrâneos tenham a honra de vê-la plenamente desenvolvida, dentre as demais cidades do Rio Grande do Norte”.  Através deste breve e sintético histórico podemos perceber o porquê da homenagem feita a esse ilustre homem público. Eis, portanto, o porquê do Troféu dos Destaques dos Profissionais do ano de 2013, em sua edição 2014, receber o nome de Dr. Pedro Diógenes Fernandes.

                  Produção Textual: Maria Aparecida Vieira Diógenes



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